Acabou ontem um dos festivais de Verão com os melhores cabeça de cartaz deste ano, mas certamente com uma das piores condições a nível de organização do festival em si. Mas falando agora do que interessa, há que referir que foram escolhidas três das bandas mais carismáticas desta década, todas com álbuns recentes bastante bons que voltaram a tornar o Super Bock Super Rock numa referência como festival.
Acho que nunca tinha pensado bem em atribuir posições para quais os melhores concertos num festival, mas neste a lista foi-se criando ao longo dos dias sem eu dar grande conta disso. Apenas vou puder falar dos concertos que vi (parece-me um bocado óbvio), o que me corta logo alguns que gostaria mesmo de ter visto e que muito provavelmente ocupariam bons lugares na minha lista, como é o caso de Lykke Li e The Vaccines.
O bom bocado que vi de Beirut mostrou-me um concerto alegre, cheio de vontade de mostrar o seu trabalho ao público, mas não me conseguiu cativar o suficiente com a sua colecção de instrumentos de sopro. O que me fez desejar que o concerto findasse entretanto pela minha falta de disponibilidade emocional no momento, provavelmente devido a ter vindo de outros dois concerto que me encheram bastante o olho e os ouvidos (Tame Impala e El Guincho) no Palco EDP.
Um dos concertos que por muito que se gostasse de ouvir e por bom que fosse, não se adequava de maneira alguma a este tipo de festival, era o de Rodrigo Leão & Cinema Ensemble. É um concerto que exige uma certa acústica que como é de calcular, um festival não a pode garantir, muito menos naquelas condições, o que fez com que um concerto bastante rico a nível instrumental se perdesse entre o pó que andava no ar, não tendo sido saboreado como devia ser.
Em relação a Brandon Flowers, bem, nem sei bem o que dizer. Quer dizer, eu sei mas não me parece muito correcto escrevê-lo aqui. Quando um frontmen, neste caso dos The Killers, se aventura num projecto a solo só podem haver dois resultados: ou a coisa resulta e muito bem, vamos para a frente com isto ou não resulta assim tão bem, o álbum não é lá grande fenómeno e ainda tem de cantar as canções da banda pela qual ainda é frontmen (ou não) para apimentar o público e vê-lo com as mãos no ar. Acontece que Brandon Flowers encaixa-se no segundo resultado possível. O concerto que aconteceu no SBSR foi fraco, aborrecido e sem grande entusiasmo, excepto (lá está), quando eram tocados êxitos dos The Killers numa versão mais electrónica (estragando as originais, bem melhores) que levavam o público a bater palmas entusiasticamente como se tivesse realmente a assistir aos The Killers – mas nem se comparando um bocadinho que fosse ao que se assistiu na edição do SBSR 2009 no estádio do Restelo, onde os The Killers deram um concerto memorável. Por isso Brandon Flowers, why don’t you Change Your Mind?
Agora vamos à contagem decrescente para qual o melhor concerto desta edição do Festival SBSR 2011:
Em sexto lugar temos o concerto de El Guincho no Palco EDP, que nos trouxe o seu ultimo álbum Pop Negro, mas sempre sem esquecer os trabalhos anteriores, deixando o público deliciado com a sua batida quente e pop bem medido que foi levado ao rubro com Bombay.
A banda portuguesa PAUS ocupa o quinto lugar com um concerto que encheu o Palco EDP, para mostrar o ao público ainda pouco empoeirado o bom que se faz por terras lusas. Toda a energia que foi sentida das baterias siamesas do vocalista dos extintos The Vicious Five, Joaquim Albergaria e de Hélio Morais dos Linda Martini e If Lucy Fell foi transmitida a toda a velocidade para o público que estava completamente absorvido pelo que se passava no palco.
Os australianos Tame Impala estão em quarto lugar com um concerto que serviu para mostrar porque o seu álbum de estreia, Innerspeaker, foi tão bem recebido pela crítica e pelo público. Conseguiram envolver toda a assistência no seu rock psicadélico, com momentos em que nos faziam esquecer até do local onde nos encontrávamos. Foram realmente bons ao vivo, acabando até por superar o álbum gravado no estúdio.
Não consegui atribuir apenas uma banda à terceira posição, visto que além de não acompanhar duas delas, não achei que fossem nada inferiores à outra. Estou a falar do concerto morninho dos Arctic Monkeys e dos bons concertos de Portishead e Slash. Normalmente tento não criar grandes expectativas quando vou ver uma banda ao vivo, mas com Arctic Monkeys acabei por criar alguma, talvez devido ao facto de nunca os ter visto ao vivo e de gostar bastante da evolução que foram tendo ao longo dos álbuns que foram fazendo, o que me levou a achar que o concerto poderia ter sido bastante melhor, com um bocado mais de vontade de estarem ali a cantar e com um bocado mais de carisma. O concerto parecia-lhes um pequeno frete, uma obrigação. Embora tenha gostado do que ouvi, o concerto parecia-me algo em piloto automático. Já pelo contrário, o concerto dos Portishead deixou-me rendido pelo banda ao vivo, não sei se a presença de Beth Gibbons ou a boa qualidade das imagens que surgiram durante o concerto no palco me levaram a toldar a minha opinião desta maneira, mas o certo é que o concerto me pareceu algo em grande. Slash, bem, acho que não tenho muito a dizer. Não é à tua que é considerado um dos melhores guitarristas de sempre!
Aos The Strokes cabe-lhes o segundo melhor concerto do SBSR. Conseguiram tocar a grande maioria dos seus hits que conquistaram fãs desde 2001 com Last Nite e New York City Cops até às mais recentes do seu último álbum Angles lançado em Março deste ano. Faltou a despedida e o encore que ficaram pelo caminho. E a 12:51.
Como não é muito complicado de perceber, o melhor concerto neste SBSR cabe aos grandes senhores da indústria indie, os Arcade Fire. Mais um vez levaram o público português a trazer todas as emoções à flor da pele, fazendo uma passagem pelos três álbuns que se destacam nos últimos anos no panorama musical como um autêntico fenómeno indie. Todas as músicas foram recebidas com um ansiedade miudinha e um sentimento melancólico, que fez com que todas as músicas fossem tão sentidas pela banda, como pelo público absorvido pelos elementos da banda, pela música e pela qualidade das imagens que ia apoiando o concerto no palco. A música que mais efeito provocou sobre o público foi Crown Of Love, foi um momento emocionante em que após a carga que a música carrega, rebenta numa explosão de alegria ao vivo. Sem desfazer claro o grande momento no encore proporcionado pela tão aguardada Wake up.
love was made to forget it.
I carved your name across my eyelids,
you pray for rain I pray for blindness.
If you still want me, please forgive me,
the crown of love is fallen from me.
If you still want me, please forgive me,
because the spark is not within me.
I snuffed it out before my mom walked in my bedroom.
The only thing that you keep changin'
is your name, my love keeps growin'
still the same, just like a cancer,and you won't give me a straight answer!
If you still want me, please forgive me,
the crown of love has fallen from me.
If you still want me please forgive me
because your hands are not upon me.
I shrugged them off before my mom walked in my bedroom.
The pains of love, and they keep growin',
in my heart there's flowers growin'
on the grave of our old love,
since you gave me a straight answer.
If you still want me, please forgive me,
the crown of love is not upon me
If you still want me, please forgive me,'cause the spark is not within me.
it's not within me, it's not within me.
You gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word that I can say
You gotta be the one,
you gotta be the way,
your name is the only word , the only word that I can say!
Only one that I can say!
La la la
La la la
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