Quarta-feira começa uns dos maiores festivais nacionais, que apenas com 5 anos de vida conseguiu distinguir-se dos outros devido ao enorme sucesso da primeira edição do festival em 2007, com cabeças de cartaz capazes de levar multidões atrás (como foi o caso da estreia em solo nacional dos The White Stripes e Smashing Pumpkins e a confirmação da adoração dos portugueses pelos Pearl Jam e vice-versa) e a consequente avalanche de patrocinadores para o festival que está implícito neste tipo de movimentações. Desde então o festival tem mantido (com alguns altos e baixos) o mesmo tipo de estilo musical, melhorando a qualidade do espaço, alargando os dias dos festival (que actualmente começou com dois dias e já vai com quatro) e elevando o festival ao nível de ser o melhor festival urbano nacional.
Este ano (com quatro dias, em que inicialmente seria mais focado no concerto dos Coldplay, mas acabou por se tornar praticamente num dia bastante parecido com os outros), o festival está com uma grande amplitude de gostos por lá, mas continua-se a destacar também pela quantidade de novas bandas que emergem como cogumelos. Nesta edição temos uma selecção bastante interessante, principalmente no palco secundário, da confirmação de grandes bandas que já são referenciadas como grandes bandas na cena indie e várias bandas que se vão destacar certamente neste ano.
No primeiro dia de festival (quarta, 6 de Julho) não se pode perder a estreia em solo nacional dos Naked And Famous, Anna Calvi e James Blake, sendo os dois últimos umas das novidades de 2010 que mais se destacaram, na qual James Blake sobressai devido às batidas dubstep e à sua capacidade de fazer do silêncio uma das partes mais inquietantes e expectantes das suas canções. Tal feito foi maioritariamente pela versão, que foi um dos seus singles mais aclamados, de Limit To Your Love da canadiana Fiest.
Não descurar de outros concertos que também prometem nessa noite, tal como é o caso dos Avi Buffalo, Patrick Wolf e dos These New Puritans que lançaram o seu último álbum Hide no ano passado. Claro, dando sempre um pulinho ao Palco Optimus Clubbing que estará a cargo da editora Amor Fúria, a qual vai apresentar as suas promessas nacionais ao insaciável público que vai inundar o Passeio Marítimo de Algés, neste dia que esgotou os bilhetes.
Quinta não há como perder o concerto dos Foo Fighters e de Iggy Pop & The Stooges, eu sei, mas para os menos crentes na onda rock existe sempre um óptima alternativa que passa pelo líder dos Bloc Party a solo, Kele, que se se comportar como no Festival Super Bock em Stock na edição de 2010, vai dar um concerto cheio de ritmo e nada tímido (aliás parecia ser uma das suas imagens de marca na liderança dos BP atrás da guitarra) – “ah, ele não era nada tímido e tal!...” – esperem até o terem visto a solo com os seus sintetizadores e batidas electrónicas.
Há a ter em atenção também os Crocodiles, Everything Everything, Bombay Bicycle Club, Primal Scream, os portugueses Os Golpes e a acabar a festa mais uma vez, os Bloody Beetroots!
A 8 de Julho, destaco Friendly Fires que apresentarão o novo álbum lançado este ano, Pala, um dos discos deste ano e um dos mais bem criticados, demonstrando que o segundo álbum de uma banda que teve um óptimo álbum de lançamento consegue fazer um segundo álbum tão ou melhor que o anterior e com uma qualidade sonora bem mais cuidada e ao mesmo tempo autêntica. Fleet Foxes e Digitalism são outros concertos que não devem ser postos de parte, visto que os Fleet Foxes virão apresentar o seu segundo álbum, Helplessness Blues (outro daqueles que este ano se destacam pela positiva) e os Digitalism têm o lançamento do seu novo álbum também para breve.
O último dia do festival é para relembrar muitos dos bons concertos que já passaram por terras lusas, como é o caso dos Kaiser Chiefs, White Lies, Tv On The Radio e Foals, dos quais se destacam os Kaiser Chiefs com novo material e o magnífico último álbum dos Foals, Total Life Forever, do ano passado.
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