terça-feira, 4 de agosto de 2009

Festival Paredes de Coura 2009



Cheguei depois do almoço, dia 28. O parque de estacionamento ainda estava vazio, o parque de campismo estava a começar a compor-se e o recinto do festival ainda não estava completamente concluído.


DIA 29 de Julho – Quarta-feira

O recinto está na mesma, o palco principal ainda encerrado no dia da recepção ao campista. O destino era o Palco After-Hours para ver Sean Riley And The Slowriders, que deram um bom concerto na onda dos blues e rock, começando o festival de uma boa maneira portuguesa.
Seguiram-se os Strange Boys com a voz altamente esganiçada do vocalista Ryan Sambol, mas que se encaixava perfeitamente nos blues da banda.
Patrick Wolf, o cabeça de cartaz deste dia, fez jus á sua fama com um bom concerto pop, sendo o clímax do espectáculo atingido no final do concerto, onde foram interpretados temas como Battle e The Magic Position.


Para encerrar o palco, foi a vez dos Bons Rapazes da Antena 3. Não foi nada de espectacular, mas também não foi uma surpresa, os Bons Rapazes apenas se limitaram a fazer um live act daquilo que fazem diariamente na Antena 3 e para encerrar um dia no After-Hours esperava-se algo um pouco mais mexido/agressivo.


DIA 30 de Julho – Quinta-feira

Comecei o dia de concertos com The Pains Of Being Pure At Heart, com um espectáculo paradinho, mas boas canções indie ao vivo, tal como se previa depois do lançamento do seu álbum de estreia. São um grupo simpático ao vivo, mais pela sorridente teclista Peggy Wrang que conseguiu derreter o público.
Seguiram-se os The Horrors com o seu punk-rock obscuro, tendo amolecido um pouco o público. Mas foi por pouco tempo que o público ficou meio adormecido, os Supergrass animaram a festa com um brit-pop animado e alegre.
Mas o público estava ansioso pelos cabeças de cartaz, Franz Ferdinand. Deram um concerto fenomenal, onde tocaram temas dos seus três álbuns de uma forma inteligente. Os temas do seu primeiro álbum eram os mais esperados e levaram o público ao delírio. Com um bom encore a terminar com Lucid Dreams, o tema mais electrónico do seu último álbum, Tonight: Franz Ferdinand.


Com o encerramento do Palco Nokia, passou o público resistente para o Palco After-Hours onde se seguiam os Chew Lips, uma actuação simpática electro-pop de mais uma das apostas da Kitsuné. A noite continuou com o dj set dos Holy Ghost! Passando uma sonoridade algures entre a electrónica e o house.


DIA 31 de Julho – Sexta-feira

O terceiro dia de concertos na Praia Fluvial do Tabuão começou com Mundo Cão, trazendo mais uma vez a este festival o seu rock mais obscuro, desta vez já com dois álbuns lançados. Seguiram-se os Portugal, The Man que acalmaram os ânimos entre o público com uma actuação calma, mas bons momentos instrumentais.
Os Blood Red Shoes entraram a partir, mostrando que uma guitarra e uma bateria são já bastante suficientes para formar uma banda e dar bons concertos pop-rock, em que a perícia a tocar guitarra de Laura-Mary Carter e a grande capacidade de Steven Ansell de tocar bateria com batidas acelaradas e cantar ao mesmo tempo não passaram despercebidas em Paredes de Coura.
Peaches levou a extravagancia e a loucura a edição deste ano do festival. Apresentou-se em palco com a sua banda, os Sweet Machine. Mudou de roupa diversas vezes, cantou em cima do público, distribuiu também uns tantos pontapés e conseguiu levar o público a tirar as t-shirts e tops. Deu um espectáculo de electrónica hilariante e divertido.


Depois de Peaches, o público que estava mais a frente do palco mudou. Os Nine Inch Nails vinham aí para mostrar porque estava o anfiteatro natural tão cheio. O seu rock industrial levou ao êxtase os milhares de fãs que rumaram em direcção a Paredes de Coura, provavelmente para assistirem a uma das últimas actuações da mítica banda.
Seguiu-se o Palco After-Hours no seu melhor dia. Kap Bambino deixaram o público completamente selvagem com a sua electrónica psicadélica. Parecia um deja-vú de Paredes de Coura 2007 aquando da actuação dos Crystal Castles.
Punks Jump Up levaram a boa música electrónica a um tenda que estava apinhada de gente devido à chuva forte que se fez sentir na altura.


DIA 1 de Agosto – Sábado

Os festivais com campismo têm destas coisas, o pessoal por muito que se despache, não consegue e acaba por perder alguns concertos. Foi o que me aconteceu com Temper Trap e Foge Foge Bandido.
Os espanhóis The Right Ons levaram o rock ao palco principal e a boa disposição, não conseguindo mesmo assim arrancar o público todo que estava sentado no anfiteatro.
Seguiram-se os Howling Bells, que além da sua pop calminha e da bastante simpática figura de Juanita Stein, a vocalista, não conseguiram arrancar o público do chão. Treasure Hunt e Cities Burning Down mostraram que os Hoeling Bells são uma banda a ter em atenção e ouvir com mais atenção.
Jarvis Cocker deu um dos melhores concertos que a edição de 2009 de Paredes de Coura teve. Deu um fantástico concerto que foi desde o rock até aos blues. Com uma figura cómica (que meteu o público a rir devido a uma tropeçar em palco, cair e continuar a cantar deitado no chão de pernas esticadas no ar) e bastante comunicativo com o público, público este que mostrou conhecer melhor o último álbum do músico em canções como Angela.
O concerto dos The Hives foi o que se esperava, um grande concerto, animado e com Pelle Almqvist a cansar o público. Um óptimo concerto, embora dêem um espectáculo tanto ou quanto repetitivo para quem já os viu mais de uma vez.


No Palco After-Hours começou-se com os portuenses Sizo que voltaram a levar um bom concerto rock a Paredes de Coura. O último a actuar no festival foi Nuno Lopes com um dj set electrónico com as novidades do momento, embora ainda tenha de treinar umas melhores passagens.



E chegou-se ao fim do Festival de Paredes de Coura 2009. Para o ano há mais entre os dias 28 e 31 de Julho.

2 comentários:

  1. Tens justamente o blog que eu procurava para enriquecer a minha cultura musical, os meus gostos estavam muito centrados nos velhos anos 60 ou até mesmo nas bandas de culto como é o caso dos Nirvana. Felizmente desde há uns anitos para cá tenho tentado entrar na corrente, não deixando de lado os meus velhinhos amigos, mas juntando a estes os meus novos conhecidos. Também eu andei por Paredes de Coura, viste por lá algum Índio?

    Cumprimentos e parabéns pelo blog.

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  2. Espero não o desapontar. É bom saber que alguem lê o que escrevemos nos blogs e que gostam daquilo que lêem. ;)

    Por acaso não vi nenhum índio por lá. eheh

    Cumprimentos

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