quinta-feira, 27 de maio de 2010

Concerto dos The xx na Aula Magna, Lisboa. 25.Maio.2010



A noite começou com uma surpresa nacional, os Long Way To Alaska conseguiram trazer uma breve brisa fresca no ambiente abafado que se vivia da Aula Magna, tinham um q.b de minimal com um indie influenciado algo entre os Grizzly Bear e os Band Of Horses. O baterista multinstrumental e também vocalista foi outra das surpresas desta jovem banda nacional, ao que parece, algo desconhecida entre a plateia. A sua actuação discreta, mas bem medida, funcionou na perfeição para a abertura do concerto dos The xx, ficando o público rendido na última canção.

Mas a Aula Magna ainda não tinha presenciado o que lhe tinha enchido a casa pelas costuras nessa noite. Os minutos que antecederam a tão aguardada (cerca de 5 meses, visto que os bilhetes esgotaram algures em Janeiro) actuação dos The xx foram de expectativa, com o público a fitar o enorme lençol branco que tapava o palco, que não parecia ir ter grande utilidade. Pois que o pano foi a peça-chave do inicio do concerto, com as sombras de Romy Madley Croft, Oliver Sim e Jamie Smith a serem inteligentemente projectadas durante a Intro. Cai o pano e começam-se a fazer ouvir os primeiros segundos de Crystalised.



A actuação dos The xx foi tal como se poderia prever, som limpo, sem grandes desvaneios, curto, algo underground, intimista, mas com a capacidade de fazer com que a plateia flutuasse entre a voz doce de Romy e Oliver, e o jogo de luzes que se mostrou fundamental e altamente eficiente na afirmação das músicas.

Islands e Infinity acabaram por se mostrar como as músicas mais fortes do concerto,
assim como a Fantasy/Shelter, que beneficiaram de luzes que davam realmente um preenchimento que poderia eventualmente faltar na apresentação ao vivo das músicas do álbum de estreia dos The xx.





A música escolhida para o encore e para terminar o concerto na Aula Magna, foi precisamente a última álbum presente no álbum, Stars, e a única que ainda faltava tocar. Foi de cabeça baixa e com um tímido adeus que deixaram o palco e o público, que ficou de pé a dar uma merecida ovação aos ingleses, embora quisessem mais daquilo que já não havia mesmo.



Para quem não conseguiu ver os The xx em Lisboa ou no Porto, pode sempre vê-los no dia 8 de Julho no Festival Optimus Alive!10, a partilhar o mesmo palco que Florence and The Machine, LaRoux e Devendra Banhart.

Sem comentários:

Enviar um comentário